segunda-feira, 10 de maio de 2010

NAMOREI A ROSA


NAMOREI A ROSA
Na doçura do amor iniciado
Ou na amargura do amor acabado,
O poeta planta versos apaixonados.
Este o lirismo das flores!
Como se fosse preciso um tempo
Para as flores saudar.
Para conviver o esposo com a esposa,
O pai com o filho.
Para refugiar-se em palavras amorosas,
Em suspiros apaixonados...
O espirito que nos faz sentir nas estrelas,
mesmo tendo os pés no chão!
Namorei a rosa, me apaixonei.
O nome da rosa juntei ao meu,
Ao novo amor me entreguei.
A rosa me dava paz!
Usei cravos na lapela,
Com um amor perfeito sonhei.
A mulher que amo, na capela
O sobrenome "rosa" lhe dei !!!
Agmon Carlos Rosa
Composto em idos de 2005/6 para minha amada esposa, época em que nos sentiamos nas estrelas, mesmo tendo os pés no chão...

sábado, 8 de maio de 2010

PEDACINHO COLORIDO DE SAUDADE

"PEDACINHO COLORIDO DE SAUDADE" (Agmon Carlos Rosa)

Queria recolher da vida diaria
Algo do seu conteúdo humano,
Fruto da convivência que torna
Mais bonito, nosso viver cotidiano.

Olho então ao redor de mim,
Onde vivem os assuntos que
Merecem uma poesia, sim.
E, nessa busca do ocasional,
A emoção de reencontrar uma velha
Amiga, num flagrante do Carnaval.

Falamos da alegria geral,
Das antigas marchinhas que todos cantam,
Por isso são tão antigas, assim,
Mas continuam vivas em nós,
Nos pertencem e nos encantam.

Pierrôs, Colombinas e Arlequins
Não existem mais, não há mais
Palhaços no salão, confetes, serpentinas,
Lança-perfume, nem fantasias de cetim.

Já não se fazem mais, nem se brinca
Carnaval como antigamente.
Mitos, Paixões, lirismo e fantasias
São coisas do passado, simplesmente.
Confete...
Pedacinho Colorido de Saudade!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

BONS TEMPOS DE CRIANÇA




Palestra proferida dia 19 Abril na Escola TERRA-TERRINHA de Ensino Fundamental e de Educação Infantil de Vinhedo/SP sobre o tema "O Poeta e as Crianças"...
Nas fotos vemos o inicio da apresentação (acima) e no momento em que me "nivelei" ao Grupo, instante de muita alegria e confraternização, quando mais aprendi do que ensinei...
Na ocasião declamei a poesia abaixo de minha autoria, criada em Outubro de 2007
BONS TEMPOS DE CRIANÇA
A lembrança sempre volta,
A Infância... não
Infância, doce Infância,
Bons tempos de criança:
Do andar descalço na grama,
na terra molhada e na lama,
comer caqui, jabuticaba e laranja,
de manga me lambuzar.
Do alegre e bom menino,
que num gesto de humor,
apelidou-me de "Geração Condor"!
(com dor aqui, com dor ali)
dos meus trejeitos ele ri.
Que importa se me ama,
me respeita e me estima.
Sou EU que existe no menino,
É o menino que existe em mim.
Mas, nem sempre foi assim.
Quanta gente se envergonha
de ser criança, outra vez.
Os mais sisudos, mais respeitáveis,
só no refugio da intimidade
confessam essa "fraqueza".
Nos sonhos que a vida leva,
na vida, que os sonhos traz.
Acredite, ainda há esperança,
quando crescer, quero ser criança!
Essa a historia do menino que
se apaixonou pelo seus amigos.
Todos eles de cabelos brancos,
mas coração de menino também!
Agmon Carlos Rosa - Outubro de 2007

terça-feira, 4 de maio de 2010

MENESTREL CIBERNÉTICO

Poema composto durante meu estagio no curso de informática do SESC/CAMPINAS em idos de 2001, no inicio dessas atividades para a 3a idade daquela entidade.

"MENESTREL CIBERNÉTICO"
De muitas coisas tirei prazer:
Contemplar um nascer do sol, um entardecer,
de estar apaixonado, do perfume da flor,
Amar e ser amado, de versos compor.
Nessa busca incessante, descobri
a Informártica, Pragmática, Sistemática,
a Internet, provedor, sites, ciberamor.
Tudo isso tem no computador.
Basta programar e... clicar!
Pode ainda configurar, muito mais
Fonemas em poemas, versos rimar,
Tecê-los em poesias sentimentais...
Mas, sem neurônios emotivos,
onde conectar a Inspiração?
O poeta então sorriu.
Elementar, caros colegas:
-Acessa o meu coração!

"NO PRINCIPIO ERA O VERSO"



O LIRISMO é a primeira manifestação literária de um povo. "Os povos nascem cantando". O lirismo exprime os estados d'alma, e as expressões mais intimas do poeta. Revela o seu coração amoroso, o seu êxtase diante de Deus ou da natureza, a vibração que a Pátria lhe desperta e a angustia das coisas que sonhou. Glorifica a vida, exalta o sentimento, chora desvairadamente ou banha-se em misticismo.
Em Julho de 2004, após exaustiva pesquisa sobre a origem da poesia, criei o poema abaixo (tema titulo deste blog):

NO PRINCIPIO ERA O VERSO...

A expressão mais bela e sublime,
a linguagem dos primeiros povos!
Expressou as idéias imaginárias,
antes das idéias Universais.

Antes da prosa, falou em versos,
cantou, antes de articular.
Usou metáforas, a linguagem figurada,
antes da terminologia criar.

Na Idade dos deuses, expressou-se
pelo ritual, o cerimonial.
A mímica, a linguagem das mãos,
mudos atos religiosos, temporal.

Falou em versos heróicos, na Idade Heróica.
A Heraldica, as imagens simbólicas.
Só na Idade dos Homens, usou o alfabeto,
a palavra fria do texto circunspeto.

Memorizava as histórias, as narrativas,
antes de se fixar no papel.
Os códigos morais e juridicos,
em versos eram as leis de Israel!

Cantada por menestreis, poetas provençais,
os jograis, românicos medievais.
Nobre e bela poesia oral, decisiva na
transição da Selvageria para a Civilização.

O lirismo é perene na vida dos homens.
Na Bíblia, o próprio Gênesis,
a beleza sobre a Criação nos diz.
O Cântico dos Cânticos puro estase!

O lirismo recriador só perecerá
com o ultimo dos homens.
A história continuará se reescrevendo
no entrelaçar dos poemas eternizados!

Agmon Carlos Rosa, Julho 2004

sábado, 1 de maio de 2010

"LIRISMO ACADÊMICO"


Por muito tempo, até o final da Idade Média as poesias eram cantadas. Separando-se o texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estética mais rica a partir da métrica (a medida de um verso definida pelo número de silabas poéticas), a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras, foram elementos cultuados com mais intensidade pelos poetas.
Isto não significa que a poesia, para ser poesia precise necessáriamente apresentar rima, métrica, estrofe. A poesia do modernismo por exemplo, desprezou esses conceitos; é uma poesia que se caracteriza pelo verso livre (abandono da métrica); por estrofes irregulares e pelo verso branco (sem rima), o que também não impede que subitamente duas ou mais rimas se encontrem.
A poesia como essencia lírica não é uma convenção do tempo, uma tentatica pré estabelecida através da qual um artista se mostra "mais avançado" ou "mais conformista" nos moldes estatuidos. O verdadeiro poeta não cria para ser atual, para ser diferente, para ser obscuro, para ser exótico ou original, ou para se manter na linha clássica ou acadêmica. Procura apenas sua verdade lírica, como eu procurei a minha ao compor o poema "LIRISMO ACADÊMICO" (abaixo) primeiro lugar no Concurso de Poesias On-Line da Secretaria Municipal de Cultura de OSASCO/SP. Edição de 2007. Na ocasião foram recebidos poemas de 17 estados brasileiros, 97 cidades e 3participações internacionais.

"LIRISMO ACADÊMICO" (Agmon Carlos Rosa)

A pálida lua branca e lua,
chora a elite alienar seus versos,
metrificar seus sonhos, as rimas suas,
o lirismo intelectual e controverso.

Versejo... Lógo Existo!
Sou poeta romântico, sentimental.
Não versejo para ser diferente,
original, conformista ou atual.

Procuro minha verdade lírica,
de versos brancos, sem rimas,
estrofes livres, sem métrica,
sem "engenharia poética"...

No universo dos meus versos
transcendo emoções, tantas enfim.
O amor, a saudade, a solidão e a dor.
A mais nobre, a mais sublime de mim.